O dedo chegou a tremer antes de apertar o play para ouvir Wall of Eyes, o segundo disco do Smile, lançado dois anos depois que Tom York e Johnny Greenwood surgiram com o projeto fora do Radiohead.
Dizem que um dos segredos da vida é cultivar baixas expectativas. Mas aqui era pedir demais. E para o bem de todos e felicidade geral, o disco corresponde – e muito! – quando espera-se algo fora da curva num pop experimental com toda loucura que York pode oferecer.
Com um detalhe importante: ele surge inspiradíssimo aqui. E nos mostra lindas melodias, assim com passagens que surgem do nada, num álbum que nunca se sabe o que esperar.
Experimente: você pode ouvir uma, duas, dez… mil vezes! E sempre haverá algo novo, sejam guitarras, vocalizers, ritmos descompassados e texturas a descobrir.
É disparado um dos melhores discos de 2024, uma obra para estar, para sempre, por perto.