Com um registro completamente independente, a paulistana Isabella Pontes lançou o primeiro disco do projeto Schlop, intitulado “canções de amor para o fim do mundo”. O álbum de 10 faixas foi gravado e produzido pela cantora e compositora, conforme as ideias iam surgindo, com um aplicativo de gravação de música do celular, no melhor estilo ‘faça você mesma’.
“Eu passei a tocar todos os instrumentos porque eu sou muito ansiosa e a partir do momento que começo a compor, eu não consigo ficar quieta até finalizar a música. Se eu pego para ajustar alguma coisa dias depois, parece que eu já perdi o espírito do que eu queria criar e não sai algo tão legal quanto se tivesse feito na hora. Eu tenho aprendido bastante a usar guitarra, que tocava muito pouco ou quase nada, e mexer com pedais e efeitos, slides e outras coisas assim, e consegui explorar outros instrumentos que não sabia tocar, como a gaita”, revela Isabella, que tem como influências Daniel Johnston, Guided by Voices, Silver Jews, Yo La Tengo e Cat Power.
Antes de criar o Schlop, a artista fez parte da banda Cabezzza, e foi lá que ela passou a ter confiança em tocar diversos instrumentos, já que a dinâmica do grupo é que os músicos se revezem e todos toquem um pouco de tudo. “Eu acho que o ambiente da Cabezzza foi muito inspirador para que eu começasse a compor, pois são pessoas extremamente musicais que escreveram músicas lindas. Acho que aquilo despertou uma vontade de poder colocar meus sentimentos para fora em músicas também”.