Com o primeiro disco em 12 anos, o australiano Dirty Three desembarca nova sessão de estranheza com “Love changes everything”.  O trio instrumental de Melbourne, na Austrália,  é tenso e desperta aborrecimento e êxtase na mesma medida. Alguns chegam a dizer que eles fazem o show tedioso mais instigante do mundo. Warren Ellis (violino e baixo), Jim White (bateria) e Mick Turner (guitarra) promovem um ambiente de contemplação e isso vai ao extremo no novo álbum.

Os caras já estão na terceira idade e compuseram canções num álbum que soa uma suíte, com “Love changes everything” despedaçadas em seis movimentos absolutamente experimentais, revisando partes de seus outros 9 trabalhos, com temperos de invencionices.

O Dirty Three surgiu no início dos anos 90  em botecos australianos para pequena  claque que os classificava de desconcertantes. Mas logo chamaram a atenção internacional, especialmente nos Estados Unidos. Excursionaram com Cat Power e Nick Cave e fizeram obras louquíssimas e requintadas.

“Nós simplesmente sentamos e tocamos, que é o que costumávamos fazer sempre”, diz Ellis.