Fael reuniu as músicas do seu novo EP, “Questão de tempo”, lançado de forma independente. Diferentemente do trabalho de estreia, “Aqui e agora” (2021), que trazia uma pegada mais rock e MPB, o artista se entrega ao pop, com canções mais curtas, com beats eletrônicos, camadas e synths.
“Acredito que esse é um trabalho de amadurecimento artístico, enquanto o primeiro EP era muito sincero e até exagerado, este é mais racional, mais refinado. Aprendi que menos às vezes é mais, criando arranjos mais inteligentes, explorando novas texturas. Sinto que tenho uma alma um pouco maximalista na forma que faço música, querendo encaixar muitas ideias em um lugar só. Nesse projeto busquei tratar cada canção de forma mais contida, para que a produção servisse à canção e não o contrário. De alguma forma sinto que também é uma forma de encerrar esse primeiro ciclo da minha carreira para, no futuro próximo, investir em um álbum completo.”, avalia Fael.
“Por isso acho que o grande tema do EP é amadurecimento e a passagem do tempo, a faixa ‘Setembro’ de certa forma começa de onde ‘Aqui e Agora’, do disco anterior, terminou que era aceitação de ser você mesmo, e as músicas seguintes são um olhar para o passado e, de certa forma, uma aceitação da própria história. ‘Pelas Ruas’ é sobre romances antigos; ‘Questão de Tempo’ fala sobre nostalgia; ‘São Tomé’ sobre aceitar o que passou e seguir em frente; ‘Cosmonauta’ sobre um astronauta refletindo sobre o destino da Terra após sua destruição. O tempo é uma grande constante tanto nas temáticas das letras quanto na minha relação com essas músicas escritas em épocas tão diferentes, por isso também o título.”, define Fael.
O EP “Questão de tempo” traz Fael como cantor, compositor e também é dele a arte presente na capa. A produção é de Cezar Tortorelli, com mixagem e masterização de Leonardo Braga. A música “Pelas ruas” é uma composição em parceria com Gabriel Farias. Participam os músicos Cezar Tortorelli (guitarras e violões) e Giancarlo Gaudio (baixo).