Em setembro de 2022 o Brasil presenciou no palco do Rock in Rio, um fenômeno já conhecido por quem acompanha o Green day a algum tempo. O fenômeno: Billie Joe Armstrong. Descrito como “endiabrado”, “muito simpático” e até mesmo “espetacular”, o frontman de uma das maiores bandas de Punk dos últimos 30 anos, na verdade, não estava mostrando nem 10 por cento de tudo que é capaz de fazer portando apenas uma guitarra e um microfone. Aos 50 anos, Billie parece querer poupar energias para uma nova fase do Green day, fase essa que pode ditar o futuro da banda e decidir se mais uma vez eles irão do seu inferno ao céu, ou do céu ao inferno. 

Ao lado de nomes como Blink 182 e The Offspring, o Green day destacou-se primeiro na cena californiana dos anos 90, que até então, era cheia de grandes promessas do Punk, Punk Rock e Pop Punk. Quem ouvia aquela banda formada por três adolescentes sabia que era questão de tempo até que eles ganhassem o mundo. E assim o fizeram. Entre erros e acertos, a banda chamava atenção por uma característica muito específica e que se vê em poucas bandas: a capacidade de se reinventar em meio ao caos. E caos sempre foi uma das coisas que o Green day sabe fazer verdadeiramente bem. 

Entre erros colossais e acertos históricos, a banda carrega uma carreira de 30 anos com fãs fiéis e verdadeiramente devotados. Podemos citar vários fatores que resultaram em tudo que a banda se tornou durante esse tempo, mas com certeza, a mente brilhante de Billie Joe é o maior de todos eles. O primeiro responsável pelo processo criativo do Green day, Armstrong é a essência e o coração da banda, que tornou-se o termômetro do próprio frontman. Quando Billie não está bem, a banda também não está. Uma prova disso é a trilogia lançada em 2012 e que até hoje, divide a opinião dos fãs e da crítica, os lançamentos vieram em um processo complexo que envolvia Billie e o uso de drogas, que resultou em um período na reabilitação, o que prejudicou tanto o criativo quanto a divulgação do projeto.

Mas nem tudo estava perdido. 4 anos depois a banda retornou com o poderoso “Revolution radio”, trazendo um Green day com saudade do passado mas ansiando para um futuro onde seremos jovens para sempre. A inconstância apresentada pela banda na última década é o que assusta os seus milhões de fãs, que ao mesmo tempo que sentem medo de se decepcionar novamente, confiam plenamente no potencial criativo de Billie Joe, e creem que o próximo trabalho do trio possa ser mais uma de tantas obras-primas que a banda já produziu nos últimos 30 anos.

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