É uma galera no palco, nível Farofa Carioca. O octeto Magnífica Máquina Maldita promove caos e beleza com uma misturada de rock alternativo, samba de raiz, eletroacústica, coco, blues e baião e roda por aí a bordo do álbum de estreia do grupo, homônimo (2022).

Fundado pelo compositor carioca Eduardo Seabra (voz), o projeto surge com oito integrantes, que enxertam  elementos eletrônicos e um trio de sopros com teclado, violão e cavaco. A banda é formada por Bruna Saraiva (guitarra), Arthur Murtinho (eletrônica, percussão), Lourenço Matheus (baixo), Julia Rodrigues (bateria), Maria Baixaria (clarineta, clarone), Lia Buarque (flauta, flautim) e Xandão Viana (saxofones, flautas).

A MMM  se apresenta em 27 de julho, a partir das 19h30, na Audio Rebel, em Botafogo. (Rua Visconde de Silva, 55)

O som pode ter levada folk, como em “Luz das estrelas” com pegada 70, uma influência que perpassa todo o álbum de estreia, com uma barroquice suprema. “Profecia” é samba de protesto processado com todo aquele Chico Buarque possível tomando rum com Jorge Benjor. Para além disso tudo, há beleza estética, como em “Plataforma”, que faria Joe Jackson parar para prestar atenção na quebra de climas e paradigmas.