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Foi o fim de uma era. Pelo menos para Walter White e seu séquito, o fim de Breaking Bad fechou diversas pontas amarradas em enxutas cinco temporadas que nos ensinou a cozinhar drogas, virar traficante, ter emoções dúbias em assassinatos desnecessários, vibrar ao explodir uma bomba em um asilo de idosos e todas as peripécias que o maior dos anti-heróis surgidos nos anos 2000 nos proporcionou.

E não estamos sozinhos nessa. Mais de dez milhões de telespectadores se juntaram nos Estados Unidos na noite de domingo para assistir a Felina, último capítulo da saga que, em seu canto de cisne, levou o Emmy de melhor série dramática. 10 milhões em um canal pequeno, de TV a cabo americano, isso sem contar os milhões e milhões que superlotaram os torrents da vida baixando o episódio, que já está sendo considerado um dos mais vistos da história da televisão mundial.

Felina mostra um final perfeito para uma série que não teve uma temporada desnecessária. Muito da culpa disso é do elenco capitaneado por Bryan Cranston. Confesso que, quando vi as primeiras chamadas da série, sobre um professor de química a beira da morte que se torna o maior traficante de drogas sintéticas do Novo México, não levei muita fé. Afinal, era estrelado pelo pai do Malcolm, do seriado Malcolm in the middle e, vamos combinar, esse seriado nunca foi grande coisa.

Mas Breaking Bad mostrou para o mundo um ator que foi crescendo junto com seu personagem, passando de uma homem sem esperanças para um traficante impiedoso. Ao mesmo tempo que era um pai de família até certo ponto amoroso, quando colocava seu chapéu e entrava na pele de sua alcunha Heinsenberg, ele se tornava um homem impiedoso, em busca do lucro a qualquer preço.

Bem, falar mais pode tirar de você as delícias de descobrir a série criada por Vince Gilligan. Procure no Netflix ou baixe num torrent qualquer. Mas veja as cinco temporadas e depois nos conte o que achou. Vou estar aqui te esperando.