Sharon Osbourne, empresária, apresentadora de TV e esposa do ícone do heavy metal Ozzy Osbourne, detonou publicamente o festival Coachella 2025, classificando-o como um “evento que comprometeu sua integridade moral e espiritual” e acusando a organização de dar espaço a discursos antissemitas e a artistas que apoiam abertamente grupos terroristas.
A crítica veio após a apresentação do grupo de rap irlandês Kneecap, que teria usado o palco do festival para exibir projeções com mensagens contra Israel e, segundo Sharon, discursos de ódio. Em uma publicação dura e detalhada no Instagram, a empresária condenou a Goldenvoice — empresa responsável pelo evento — por permitir que artistas transformassem o Coachella em “plataforma de expressão política agressiva”.
“Eles [Kneecap] projetaram mensagens anti-Israel no telão, apoiam abertamente organizações terroristas e ainda assim foram mantidos na programação do festival mesmo após essas ações”, escreveu Sharon. Segundo ela, a Goldenvoice alegou desconhecimento das intenções políticas do grupo, mas manteve a banda na grade do segundo fim de semana do evento, o que, em sua visão, configura “apoio explícito à retórica extremista”.
Sharon Osbourne não economizou palavras ao expor o que chamou de negligência moral por parte dos organizadores. A empresária destacou que, após os ataques de 7 de outubro de 2023 — que deixaram 1.400 civis israelenses mortos —, qualquer plataforma pública deveria agir com extrema responsabilidade ao selecionar seus convidados. Para ela, manter uma banda que projeta mensagens de ódio é equivalente a legitimar o terror e silenciar as vítimas.
A crítica foi além do grupo musical. Sharon apontou o que vê como hipocrisia institucional: ‘Se o CEO da Goldenvoice realmente visitou a exposição Nova, onde estavam retratadas as vítimas do massacre, ele jamais teria permitido essa apresentação. É impossível ver os rostos daqueles mortos e ouvir seus áudios e, ainda assim, dar palco a quem os desrespeita’.
A indignação de Sharon também expôs a divisão dentro da própria indústria do entretenimento. Muitos artistas, produtores e executivos judeus não se posicionaram publicamente sobre o ocorrido, algo que ela considera alarmante. ‘É decepcionante ver que pessoas com herança judaica ou cargos de liderança não se levantam contra isso. É uma traição silenciosa’, escreveu.
Com uma postura firme, Sharon fez um apelo claro: ‘Peço que todos se juntem a mim para exigir a revogação do visto de trabalho do grupo Kneecap nos Estados Unidos. Não se trata de censura, mas de proteger vidas, memórias e valores fundamentais. O Coachella é um palco cultural, não um campo de batalha ideológica’.
judaica.
“Isso levanta um alerta grave sobre a participação de artistas com esse tipo de discurso em eventos dessa magnitude”, diz Sharon. “Como alguém com herança judaica por parte de pai e católica irlandesa por parte de mãe, e com décadas de experiência na indústria da música, conheço bem os limites entre arte, ativismo e incitação.”