Laudeado pela imprensa local de Nova York como sendo a melhor revelação indie punk já no primeiro álbum, que leva apenas o nome da banda, de 2023, The Clamor, banda liderada por Aaron Louis e que inclui Omer Leibovitz, Layton Weedeman, Will Raines, Gary Atturio e Kirk Schoenrerr, volta turbinado com o lançamento do single “You bring out the demon in me”, que antecipa o lançamento de novo álbum em breve. A música é um cover da banda punk inglesa Vic Godard and The Subway Sect e arranca elogios rasgados da crítica, como do portal Chorus.FM, que vê nesta releitura uma infusão perfeita de punk primal dos anos 70 com o indie punk do The Clamor, que toma a música para si como original e declara ser impossível em alguns anos ninguém ter ouvido falar da banda.

O vocalista Aaron Louis é artista em várias disciplinas, com longa lista de créditos em vários projetos artísticos em filme, teatro, ficção, ilustração e design. Paralelamente é diretor departamental no Moma e vem daí o apuro estético no design gráfico da banda. Na ocasião do lançamento do álbum “The Clamor”, ano passado, resumiu a nova experiência musical, em entrevista ao portal “TINNITIST”, da seguinte forma:

“Passei tantos anos trabalhando em outras mídias – cinema, teatro, ficção – e trabalhando no mundo da arte, que queria voltar às minhas raízes, onde me sinto mais em casa sendo criativo”, afirmou.

Sua influência musical é bastante variada, mas estilística. Em entrevista à “Chorus.FM” cita The Replacements, The Cars, Big Audio Dynamite, The Damned, T.S.O.L e principalmente The Clash e tudo em que Joe Strummer já tiver posto a mão.
Sobre esse novo lançamento, diz na mesma entrevista que a escolha do cover é resultado da sua admiração por Vic Godard, a quem vê como uma lenda, e que esta música específica traz coerência à série de 4 singles que pretende lançar antes do álbum completo, através da narrativa de luta entre santo e pecador, o apelo por resgate e a resistência contra a deriva entre os extremos, que ressoam em suas experiências pessoais.

Enquanto a conquista da lua não vem, como está sendo vaticinada pela crítica, Aaron segue sua vida paralela como executivo de museu, produtor, autor de livros, empresário (é dono de casa de shows no norte da Flórida) e caminha anônimo pelas ruas do Brooklyn enquanto sua música pipoca pelas ruas de Nova York.