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The Cult volta ao Brasil numa celebração ao pós-punk

O show reacende a chama dos anos dourados do estilo

por Laboratório Pop

Prepare-se, fã do pós-punk e do rock gótico: o The Cult acaba de confirmar shows no Rio de Janeiro em 2025 no Rio, São Paulo e Curitiba. A banda britânica, liderada por Ian Astbury (vocais) e Billy Duffy (guitarra), volta ao Brasil para reviver seus clássicos, como “She Sells Sanctuary” e “Rain”, e reafirmar a energia que a consagrou desde os anos 80.
Os shows serão em 22 de fevereiro no Vivo Rio, 23 de fevereiro no Viva SP e 25 de fevereiro no Live Curitiba.
O retorno do The Cult ao Brasil, no entanto, é mais do que um evento isolado: é um convite para relembrarmos a era dourada das bandas pós-punk que inundaram o país nas décadas de 80 e 90, criando memórias inesquecíveis e moldando o gosto de uma geração inteira.
O movimento pós-punk, nascido no final dos anos 1970, trouxe à tona sonoridades mais sombrias, guitarras atmosféricas e letras introspectivas. No Brasil, o estilo conquistou uma base fiel de fãs e abriu as portas para algumas das maiores bandas britânicas da época, que fizeram história nos palcos nacionais.
Laboratório Pop lembra alguns dos shows pós-punk que passaram pelo Brasil nos anos 80 e 90:

Echo & The Bunnymen – Uma das primeiras bandas do pós-punk a desembarcar no Brasil foi o Echo & The Bunnymen, liderado por Ian McCulloch. Em 1987, o grupo fez um show icônico no Ginásio do Ibirapuera em São Paulo, com direito a filas quilométricas de fãs e um repertório embalado por clássicos como “The Killing Moon”. Passaram também pelo Canecão, no Rio.

The Cure – Em 1987, outra lenda do pós-punk, The Cure, chegou ao Brasil em um momento crucial de sua carreira. Robert Smith e companhia lotaram o Maracanãzinho no Rio de Janeiro e o Palácio das Convenções em São Paulo. Foi a primeira e inesquecível apresentação da banda no país, marcada pela performance emocionante de faixas como “Boys Don’t Cry” e “A Forest”.

The Cult – Ainda nos anos 90, o The Cult fez shows memoráveis por aqui, apresentando seu som potente e visceral. A passagem pela Praça da Apoteose no Rio e pelo Palácio das Convenções de São Paulo trouxe hits como “Fire Woman” e “Wild Flower”. Ian Astbury, carismático como sempre, encantou os brasileiros com sua voz rouca e presença explosiva no palco.

The Mission – Outra banda que marcou os anos 80 e 90 no Brasil foi o The Mission, que trouxe sua mistura de rock gótico e pós-punk. Liderados por Wayne Hussey, ex-membro do Sisters of Mercy, o grupo fez uma apresentação histórica no Olympia em São Paulo em 1990, consolidando sua base de fãs no país. E também pelo Canecão, no Rio, nos anos 80.

Jesus and Mary Chain – Os irmãos Reid, com suas guitarras distorcidas e vocais hipnóticos, também deixaram sua marca. O Jesus and Mary Chain chegou ao Brasil nos 80. Os shows no Rio foram emblemáticos, no Imperator, no Méier, e no Monte Líbano no Leblon.

Cocteau Twins – No mesmo período, o etéreo Cocteau Twins também cruzou o Atlântico, encantando o público brasileiro com suas melodias atmosféricas e a voz angelical de Elizabeth Fraser. A banda deixou memórias marcantes em apresentações menores, mas profundamente impactantes.
Os anos 80 e 90 foram marcados por apresentações em lugares que se tornaram lendários para o público brasileiro, como o Ginásio do Ibirapuera e o Maracanãzinho. Além disso, casas noturnas como o Dama Xoc. em São Paulo. e o Circo Voador, no Rio, abrigaram shows memoráveis, que aproximaram os fãs de seus ídolos.
Era uma época em que o contato com artistas internacionais era raro, e cada apresentação era tratada como um acontecimento histórico. O público brasileiro, sempre caloroso, criou uma conexão única com essas bandas, que retornavam ao país sempre que podiam.

O anúncio do The Cult em 2025 reacende a chama de uma geração que viveu os anos dourados do pós-punk. Mais do que uma apresentação, o show promete ser uma celebração da história do gênero no Brasil.
Para os fãs, será uma oportunidade única de reviver a energia de um movimento que transformou o rock mundial. E para os mais jovens, é a chance de experimentar ao vivo o som de uma banda que ajudou a moldar a estética e o espírito de uma época.
Prepare-se para um evento histórico e, quem sabe, uma nova era de nostalgia pós-punk no país.