O frescor instrumental no pop de vanguarda está na conta da violoncelista e cantora guatemalteca Mabe Fratti. “Sentir que no sabes”, que acaba de sair, expande o vigor de suas apresentações ao vivo, trazendo uma mistura de rock de vanguarda com influências de várias matizes.

O álbum quebra um jejum de dois anos desde seu último, “Se ve desde aqui”. De lá até aqui colaborou com o músico Hector Tosta numa releitura de seus primeiros trabalhos como celista e cantora no álbum “Titanic” e também participou de uma coletânea com outros artistas da cidade do México, onde é radicada, no álbum “Amor muere”, um tributo à canção popular mexicana.

A menina que quase virou saxofonista, mas foi contraindicada por um médico, que detectou problemas respiratórios, migrou para a música clássica. Aos 32 anos e 4 álbuns lançados, Mabe flerta com a música eletrônica com mais ênfase no novo disco. A faixa “Enfrente” tem levada de drum and bass em seu desfecho. O rock também aparece em guitarras distorcida e pequenas intervenções jazzísticas. É uma incursão instigante para um novo caminho de vanguarda.