RODRIGO FONSECA
Sob o desgoverno de J.J. Abrams, a franquia das franquias, “Star Wars”, foi chamuscada em suas trilhas cinematográficas, seguindo adiante no modo serializado, em streaming, via Disney +, com “Andor”, “Ahsoka” e “Obi-Wan Kenobi”. Mas há um trilho firme para a Força também nas bancas de jornal, nas boas livrarias e nas gibiterias. O primeiro grande lançamento do ano na seara pop das HQs deve ser creditado à Panini Comics e traz Lorde Darth Vader em relevo. A editora acaba de lançar uma nova coleção, de periodicidade quinzenal, focada nos anos seguintes aos fatos narrados em “Episódio III – A Vingança dos Sith”, filme de 2005 que teve um faturmento de US$ 868 milhões. É, de longe, o longa-metragem mais sofisticado da safra sobre Anakin Skywlker (o alter ego de Vader), que teve direção de George Lucas. A saga gráfica da Panini, dele derivada, é ambienada após o fim das Guerras Clônicas, um período no qual as forças da República caíram e o imperador Palpatine passou a exercer seu controle sobre a galáxia. Agora, os poucos Jedi que restaram devem decidir se vão se manter fiéis à sua fé ou abandoná-la por completo em face ao brutal expurgo comandado pelas hordas imperiais. Quem nos conta essa saga é uma equipe criativa formada por Chris Scalf, Doug Wheatley, John Ostrander e Luke Ross.
Mas a ofensiva Jedi feita pela Panini segue por um outro horizonte também. Referências visuais ao rosto do ator Donald Glover dão um toque hollywoodiano aos desenhos de “Lando: Ou Tudo ou Nada”, de Paolo Villanelli e Rodney Barnes, que chega às bancas no início de setembro. O contrabandista ninfomaníaco Lando Calrissian é o protagonista. Ele vai sair do prumo ao conhecer uma linda criminosa que o contrata para ajudar a moça a libertar seu povo, escravizado pelo Império. A nave Millenium Falcon ronda as galáxias na trama.
Quem curte mangá, vai se deliciar com a releitura à moda nipônica dos Jedi em “Star Wars – Rebeldes”, de Mitsuru Aoki, sobre o trapaceiro Ezra. A tripulação da nave estelar Fantasma vai cruzar o caminho do rapaz. Ou seja, a turma gibizeira tem muito para ler.