Myrna Silveira Brandão, de Berlim
Fotos de Maria Antônia Silveira Gonçalves e Divulgação

Uma dos destaques da competitiva oficial desta 70ª edição do Festival de Berlim é Abel Ferrara, com seu novo trabalho, “Sibéria”. O filme estreou aqui nesta segunda (24) em noite de gala no Palácio dos Festivais. Acompanhado de Willem Dafoe, que protagoniza o filme, Ferrara estava bem descontraído e, ao final, ficou contente com a ovação que o longa recebeu.

Dafoe, por sua vez, estava feliz e não disfarçava sua alegria com a receptividade.

O diretor americano – que tem sempre uma fiel legião de fãs – volta a concorrer ao Urso de Ouro 25 anos após ter participado da mostra oficial com “O vício”.

Escrito em parceria com Chris Zois, “Sibéria” – que traz a inconfundível assinatura de Ferrara – é inspirado no texto psicológico seminal de Carl Jung, “The Red Book” – sobre o significado subjacente de sonhos inescrutáveis.

A história segue Clint (Dafoe), um homem que vive isolado e não consegue nem escapar do mundo nem encontrar a paz. Uma noite, ele embarca em uma jornada viajando através de seus sonhos, memórias e imaginação tentando encontrar luz em meio a trevas. Dafoe – após sua colaboração anterior com Ferrara em “Tommaso” – está de novo perfeitamente integrado à trama de “Sibéria’, que mescla realidade, sonhos e imaginação – e é um forte candidato ao prêmio máximo da Berlinale.