Só filé!

A la Sala

Khruangbin

Dead Oceans

por Robert Halfoun

Quem viu a apresentação do Khruangbin na noite de entrega do Grammy, em 2024, surpreendeu-se com a jornada minimalista, intimista e introspectiva do trio.

Mas a banda está na estrada faz tempo, conhecida pela fusão de funk, soul, dub e rock psicodélico.

A La Sala, que significa “para a sala” em espanhol, reflete bem a proposta do que o grupo texano quer no momento: proporcionar uma experiência acolhedora, com arranjos enxutos e um groove que parece flutuar com leveza, sem pressa. Tudo de forma bem orgânica.

As guitarras etéreas de Mark Speer, combinadas com o baixo sempre marcante de Laura Lee e a bateria hipnótica de Donald “DJ” Johnson, criam um ambiente sonoro envolvente com toques aqui e ali de música global, do soukous africano ao funk tailandês. Sem exageros.
A faixa “Pon Pón” é um ótimo exemplo, uma delícia de ouvir, com frases sussurradas, só possíveis de perceber com fones de ouvido.

Se comparado com álbuns anteriores da banda, como Mordechai ou Con Todo El Mundo, o ritmo tranquilo e a simplicidade que leva a sofisticação (menos é mais, sabe?), revelam um lado ainda mais maduro e refinado da banda.

A mensagem é clara: desacelere.