Riffs intrincados, às vezes com acordes dissonantes (e beeem interessantes), uma quebradeira sem fim na bateria e mudanças de andamentos constantes – assim como das progressões harmônicas. Vire a chave e acerte a sintonia para um indie sem limites, que flerta com o prog, com a psicodelia, com o jazz, com o math rock.
O Hoovaranas, banda de Ponta Grossa, no Paraná, chega ao seu terceiro disco de forma brilhante ao equilibrar experimentação e coesão, apostando na riqueza das texturas sonoras para criar uma narrativa sem palavras, mas que se comunica de forma visceral.
Sim, tudo aqui é bastante complexo – que bom! E diversificado – que bom! E com muita personalidade – que ótimo!
Três é um disco empolgante, muito menos falado do que deveria… Uma obra que sai do lugar comum e nos tira da mediocridade do lugar do comum. É nervoso, é eruditio, é belo. Entregue-se: é preciso se deixar levar para curtir ainda mais.
