Com 15 faixas, o primeiro disco da banda mogiana trata sobre vários temas, mas sempre tendo como pano de fundo um aspecto em comum: o ponto de vista crítico tentando compreender as angústias da existência na sociedade contemporânea. O disco foi produzido de maneira analógica em um gravador de fita de 16 canais.
Além de trazer uma textura sonora diferente, esse contexto coloca os músicos para trabalharem através de um método de gravação que já não é tão usual hoje em dia: “A gravação analógica nos obriga a certas coisas. Tem que ser certeira, fazer no primeiro, no segundo ou no máximo no terceiro take”, conta Gabe Fortunato, vocalista do grupo.
Dividido em atos, o álbum inicia com o Prólogo, que representa a primeira faixa do disco, “A crise do drama moderno”. No estilo spoken word, a música, que surgiu de um improviso, elucida o conceito da banda e funciona como uma declaração de intenções, feita sob uma atmosfera atonal e acompanhada de sintetizadores cacofônicos.