RODRIGO FONSECA
Recém-saído do êxito de bilheteria “Megatubarão 2”, com receita de US$ 395 milhões, o inglês Jason Statham pode ser o astro titular do primeiro
fenômeno comercial dos thrillers de pancadaria de 2024: “Beekpeer – Rede de Vingança”. A estreia aqui está prevista para 11 de janeiro. Ele encarna um agente de uma rede de espiões chamados de apicultores. Para abrir o axé do ator nas telonas e renovar o público de suas sessões de cinema após a novela das nove, a TV Globo agendou para 2 de janeiro, terça, às 22h25, o melhor longa-metragem de Statham: o sucesso “Infiltrado” (2021).
Com uma bilheteria estimada em US$ 103,9 milhões, “Wrath of Man” (título original), que a Globo projeta amanhã, colheu elogios nas mais variadas línguas. Sua consagração se deve, em parte, à narrativa autoral frenética de Guy Ritchie, e, parte, ao carisma do muso B da pancadaria no século XXI: Statham. Uma vez que Dwayne Johnson, o The Rock, aposta mais no estilo gaiato, e Vin Diesel deposita seus dotes dramáticos numa linha mais “família”, a vaga de ferrabrás dos filmes de soco e pontapé precisa ficar com alguém mais casca grossa… como é o caso desse britânico bom de briga.
Desenvolvido sob o selo da MGM, “Infiltrado” é uma releitura anglo-americana do thriller francês “Assalto ao Carro Forte” (2004), de Nicolas Boukhrief. No remake, Statham – sempre dublado no Brasil por Armando Tiraboschi – assume o papel que era do ator Albert Dupontel, agora chamado de H. Bamba nas artes marciais e no uso de armas de fogo, H. entra para uma equipe de segurança responsável por transportar fortunas em dinheiro para instituições bancários. Mas H. não entrou nessa pelo trabalho e, sim, por uma revanche pessoal, envolvendo uma tragédia familiar, que vai sendo explicada pouco a pouco ao longo da trama. Da mesma forma, somos apresentados, aos poucos, ao passado nefasto do personagem, que justifica sua invejável habilidade de combate.
Desde que chamou as atenções de estúdios de Hollywood, Statham ganhou fama e fortuna (seus filmes arrecadaram cerca de US$ 1,8 bilhão) em êxitos pop como as franquias de tintas pop tipo exportação “Carga Explosiva” (2002-2008) e “Os Mercenários” (2010-2014), busca um espaço de prestígio na arte, como samurai pós-moderno.