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Meio indie, meio experimental, o israelense Uri Sender surpreende

O pianista com curiosas influências de Tom Jobim é um nome para prestar atenção já

por Robert Halfoun

O pianista israelense Uri Sender é uma dessas joias raras, realmente difíceis de encontrar. Pra começar, é um puta músico. Depois, parte para encontros entre harmonias (rebuscadas) e belas melodias tão tocantes quanto impensáveis.

É isso o que vemos no seu disco de estreia, O Primeiro Álbum, cujo título é originalmente escrito em hebraico. Ele saiu em 2021, conta apenas com Uri e o seu piano. Segue uma linha erudita, cantado em hebraico, com surpreendente influência jobiniana que surge aqui e ali, ao longo do disco.

É uma delícia de colocar para tocar num equipamento legal e deixar rolar até o fim.

Depois de O Primeiro Álbum, Uri deu uma sumida e, desde a metade de 2024, começou a lançar uma série de singles, com uma orientação meio indie, meio experimental – agora com uma banda inteira com ele. Tem algo de Todd Rundgreen nos arranjos, uma suavidade envolvente no canto e timbres elegantes, não importa o estilo musical onde eles apareçam.

Até o começo de 2025, seis músicas já chegaram nas plataformas de streaming. Como elas também têm seus títulos em hebraico, fica difícil citar nomes. Mas todas nos levam numa viagem musicalmente riquíssima, com uma senhora mistura de influências.

A definição simples para o trabalho de Uri seria World Music – mas o termo está desgastado demais para ele. Melhor deixar pra lá e guardar bem o nome desse israelense: Uri Sender.