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Depois de passar por uma entressafra sinistra nos últimos 10 anos, o rock brasileiro responde: eu não morri. Novas caras prometem a renovação da indústria há muito prometida. A falta de bandas e artistas do gênero em eventos como o Rock in Rio por absoluta falta de audiência e absolutamente fora das rádios – a lista da Crowley, medidora de execução nas emissoras, segue registrando funk, axé e sertanejo como dominantes – parece que enfim caras novas desfilarão em grandes eventos já a partir deste ano. O anúncio do Lollapalooza, nesta terça-feira (6), confirmou nomes como Versalle, Dônica e Supercombo – o primeiro atração também no Festival Mada, em Natal, que acontece em 30 e 31 de outubro.

 

“O rock está vivendo um novo momento de potencial estouro”, diz Luciano Vianna, um dos produtores precursores do rock indie no Brasil. “O estouro do Malta no ano passado, que vendeu mais do que as bandas de rock nos últimos anos e fez uma turnê vitoriosa no Brasil, é uma prova disso. O disco novo do goiano Boogarins, listado como um dos 10 discos pra ficar de olho na lista da NME para o segundo semestre de 2015, também internacionaliza o rock brasileiro e dá mais gás”.

 

A escalação do Lollapalooza confirma os novos tempos: grupos como Versalle (Porto Velho), Supercombo (Brasília) e Dônica (Rio de Janeiro), escalados para o evento, que acontece em março de 2016, redesenham o futuro do rock.

 

“Vamos com tudo para 2016”, diz Marcelo Reis, empresário da Versalle, finalista da Superstar. “Estamos apostando na volta do rock-canção”, diz o sócio de Reis na Music Buzz, Mario Marques.