RODRIGO FONSECA Reconstituição arrebatadora da violência política deste país em 1968, “A Batalha da Rua Maria Antônia”, de Vera Egito, ganhou o troféu mais cobiçado da Première Brasil 2023. Na lista a seguir, o LabPop revela os ganhadores da menina dos olhos do Festival do Rio. E o Troféu Redentor foi para… FILME (longa de …
25° Festival do Rio
Vera Egito chega redentora (e proustiana) na recriação do ano que não acabou
Rodrigo Fonseca Indicado a prêmios em festivais em Valladolid e Chicago, “A Batalha da Rua Maria Antônia” se impôs na telona do Cine Odeon, na tarde de sexta, a partir de um jogo de armar de 21 planos-sequência, que ilustra uma provocação de Jacques Derrida (1930-2004): “Para fingir, eu realmente faço a coisa: eu, portanto, …
‘Somos Guardiões’: ‘geopoética’ indígena
Rodrigo Fonseca Com o Festival do Rio chegando à sua reta final, documentários de crispas políticas capazes de incendiar debates inclusivos ganham prioridade nas escolhas do fim da festa cinéfila carioca, com destaque prioritário para “Somos Guardiões”, de Edivan Guajajara, Chelsea Greene e Rob Grobman. Tem sessão nesta sexta, dia 13, às 13h30, no Kinoplex …
‘As Polacas’: Reconstituição da História feita sem fórmulas
RODRIGO FONSECA Na contramão de um modelo hollywoodiano de se fazer recriações de época com planos abertos, panorâmicas e luz “lavada”, apolínea, “As Polacas” trilha uma rota intimista, de “filme de gabinete”, mais turva, quase num registro de chiaroscuro, com efeito de tons de marrom e vermelhos terrígenos. O Novo Mundo que é ofertado às …
‘A Festa de Leo’ abre os braços para o Redentor da excelência
RODRIGO FONSECA De todas as imagens lindas que fizeram de “Rio Zona Norte” (1957) um tratado sobre formas perféricas de se viver na metrópole que nos rodeia sob as bênçãos do Cristo Redentor, o sorriso de Grande Otelo na hora em que seu personagem faz duo com Ângela Maria é a mais possante síntese da …
‘Meu Nome É Gal’ e o sobrenome é ousadia
RODRIGO FONSECA 2023 consagrou uma biopic como dos mais retumbantes sucessos da História, e um dos filmes mais inquietos do cinema do século XXI – o brilhante “Oppenheimer”, de Christopher Nolan -, e está a um passo de provar de algo parecido no Brasil com um título do mesmo filão: a micareta dionisíaca “Meu Nome …