Raw Blue chegou aos 45 do segundo tempo, no dia 25 de dezembro. E se você acredita em Papai Noel, considere que ele trouxe o álbum de presente para o fãs de shoegaze.
Afinal, estamos falando de um discaço do gênero com melodias etéreas coladas em intensa paredes de som distorcido, consideravelmente potente. O resultado é uma atmosfera envolvente que nos pega de cara. A faixa título, primeira música do disco, resume o discurso.
Depois vêem mais nove canções com a mesma abordagem visceral e muitas vezes desafiadora, na qual a banda da pequena Modesto, na Califórnia, equilibra a nostalgia dos anos 90 com uma estética contemporânea.
Informação importante antes de você ouvir: a banda criada em 2010, com quatro álbuns lançados, foi cancelada, perdeu seu vínculo com a gravadora Run For Cover e teve as suas contas nas redes sociais silenciadas depois que faz uma declaração ofensiva e transfóbica sobre a banda de punk transgênero G.L.O.S.S. (Girls Living Outside Society’s Shit).
O episódio aconteceu em 2019 e, de lá para cá, as coisas acalmaram e o Whirr parece ter se arrependido do posicionamento, reconquistando parte da comunidade de fãs que havia abandonado a banda.
